Contudo, há comportamentos que são abusivos e é muito importante que saibamos identificá-los. Nessas situações é comum que a vítima se sinta mal consigo mesma, que sofra com autoestima baixa, insegurança, ansiedade e depressão.
“O relacionamento abusivo não é uma escolha, mas uma prisão. A mulher demora muito tempo para compreender que não é responsável pelos atos de violência do parceiro e não tem o poder de mudá-lo”, diz a promotora de Justiça Valéria Scarance.
Existem muitas formas de agressão presentes na relação amorosa abusiva e isso torna ainda mais difícil para as vítimas reconhecerem os sinais, pois para que o parceiro abusivo mantenha o controle do relacionamento, há a necessidade de praticar alguns dos seguintes comportamentos: abuso emocional, agressões verbais, perseguição, abuso econômico, abusos físicos (violência), ameaças, agressão sexual ou violência sexual, dentre outros.
Se você se identificou com esses comportamentos é hora de refletir e procurar ajuda. Verifique se seu companheiro:
- Demonstra ciúmes e insegurança excessivos;
- Faz você se sentir ridicularizada;
- Faz você se afastar das pessoas;
- Controla todas as suas ações;
- Diz o que você deve vestir;
- Demonstra reações exagera-das;
- É ameaçador;
- É agressivo.
Muitas mulheres continuam em relacionamentos abusivos por não associarem os sinais anteriormente mencionados ao abuso, bem como pelas seguintes razões: falta de recursos financeiros, falta de apoio da família, amigos e colegas, medo de represálias, descrença na justiça, dentre outras.
Saiba que não há aceitação social e jurídica de abuso e violência doméstica, procure ajuda porque VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA.Recorra a:
- Familiares e amigos;
- Psicólogos;
- Central de Atendimento à Mulher (disque 180);
- Delegacia da Mulher;
- Defensoria Pública e advogados.
BASTA! NÃO SE CALE, DENUNCIE. VAMOS QUEBRAR O SILÊNCIO!!!
Dra. Andréa i. Martos Valdevite
Presidente da Comissão da Mulher Advogada
OAB São Carlos